A utilização do projeto é uma forma de envolver o aluno com recursos tecnológicos e sociais a fim de desenvolver sua autonomia e de construir conhecimentos de distintas áreas do saber, buscando informações significativas para a sua compreensão e resolução de uma situação-problema.
Tendo como finalidade favorecer o ensino para a compreensão sabendo que, compreender é ser capaz de ir além da informação dada. Na aprendizagem por projetos é fundamental que a questão a ser pesquisada parta da curiosidade, das dúvidas dos alunos.
Quando o aluno é desafiado a questionar e lhe é permitido formular questões que tenham significação para si, vindas de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, os mesmo passam a desenvolver a condição fundamental para formular e resolver os problemas. Devemos utilizar projetos como estratégia de ensino É a partir do conhecimento prévio que o aluno vai se interagir com novas situações ou o desconhecido, apropriando-se do conhecimento vinculando teoria e prática.
Seymour Papert é um dos maiores visionários do uso da tecnologia na educação. Desenvolveu uma informática educativa baseada na crença em que a criança pode ser vista como construtora inata de suas próprias estruturas intelectuais a partir da exploração do ambiente em que vive. Papert procurou um meio que permitisse à criança descobrir novos processos de pensar, utilizando o uso do computador, como o meio, para estabelecer contato com instrumento versátil, fácil de operar, rico em possibilidades. Usando uma metodologia carregada de significado lúdico.
O mesmo busca na pedagogia de Paulo Freire, a noção de que quando o homem compreende sua própria realidade e a transforma, ele próprio se modifica, modificando sua ação e sua reflexão. Apropriando-se da idéia de Paulo Freire no que se refere à priorização do diálogo entre o conhecimento que o educando traz e a construção do saber científico, estabelecido por meio da relação entre a teoria e a prática.
Apesar da influência da pedagogia libertadora de freire no construcionismo de Papert, ocorre um distanciamento entre ambos no momento em que se discute o papel da escola na aprendizagem. Freire destaca a simultaneidade dialética entre ensinar e aprender defendendo a pedagogia da pergunta e não a da resposta.
Papert faz críticas ao ensino formal, escolar, afirmando que a tecnologia irá substituir a escola que conhecemos. Contudo como bem lembra Maria Elizabeth Almeida, “o contato entre pessoas continua sendo primordial e a escola é um espaço privilegiado de interação social”.
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