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( Nelson Mandela )


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domingo, 4 de setembro de 2011

RESGATE SOBRE A HISTÓRIA DA INCLUSÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA CONTINUUM
CURSO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ENSINO FUNDAMENTAL EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA


POLO: CURRAIS NOVOS
I MODULO: FUNDAMENTOS EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA
FORMADOR: DULCIANA CARVALHO
CURSISTAS: MAYARA DAYANE E OTÍLIA BENEDITA


Fazendo um resgate sobre a história da inclusão veremos que a mesma é recente na sociedade, o que fez a inclusão demorar a ocorrer foi o preconceito, preconceito este que não surgiu em nossos dias, ele é tão antigo como a própria existência humana.
Registros históricos revelam como os deficientes eram tratados. Inicialmente é evidenciada uma primeira fase, antiguidade, marcada pela negligência, em que havia uma ausência total de atendimento. Os deficientes eram abandonados, perseguidos e eliminados devido às suas condições atípicas, e a sociedade legitimava e respaldavas em leis essas ações como sendo normais, faziam parte do grupo dos fracos, fora dos padrões de beleza, vigor e perfeição. Ainda hoje podemos encontrar tais ações em algumas tribos indígenas.
Num outro estágio, ou seja, na idade média, encontra-se a fase de institucionalização, em que os indivíduos que apresentavam deficiência eram retirados da rua segregados e protegidos em abrigos, hospícios e em instituições vivendo em total promiscuidade sendo consideradas pessoas impuras tidas como criações do “diabo” e a associava-se a práticas de bruxaria e feitiçaria com as consequentes perseguições, julgamentos e execuções.
Havia a utilização dos mesmos para o divertimento nos palácios, praças públicas, gerando lucro aos que lhes compravam ou encontravam, fazendo uma ponte com os dias atuais alguns programas humorísticos utilizam da exposição de anões para o divertimento da sociedade.
O terceiro estágio é marcado, já no final do século XIX e meados do século XX, pelo desenvolvimento de escolas e/ou classes especiais em escolas públicas, mesmo que de forma isolada, visando oferecer à pessoa deficiente uma educação à parte, devida o reconhecimento da deficiência como uma disfunção orgânica, necessitando de tratamentos. As primeiras iniciativas conhecidas foram com pessoas surdas e em seguida aos cegos, quanto aos que apresentavam deficiência intelectual eram encaminhados aos asilos, já que não Haia distinção entre eles e doentes mentais.
As primeiras experiências educacionais forma difundidas e ampliadas na idade contemporânea no quarto estágio, final do século XX, por volta da década de 90, observa-se um movimento de integração social dos indivíduos que apresentavam deficiência, cujo objetivo era integrá-los em ambientes escolares, o mais próximo possível daqueles oferecidos à pessoa normal.
Ao olhar para a história da Educação Especial no Brasil, verificamos que a evolução do atendimento educacional especial irá ocorrer com características diferentes daquelas observadas em outros países. A fase da negligência ou omissão, que pode ser observada em outros países até o século XVII, no Brasil pode ser estendida até o início da década de 50 ou porque não dizer até hoje?
A história da Educação Especial no Brasil tem como marcos fundamental a criação do “Instituto dos Meninos Cegos” (hoje “Instituto Benjamin Constant”) em 1854, e do “Instituto dos Surdos-Mudos” (hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES”) em 1857, ambos na cidade do Rio de Janeiro, por iniciativa do governo Imperial.
A fundação desses dois Institutos representou uma grande conquista para o atendimento dos indivíduos deficientes, abrindo espaço para a conscientização e a discussão sobre a sua educação. Ao longo da década de 60, ocorreu a maior expansão no número de escolas de ensino especial já vista no país.
Assim, com o passar o Brasil foi desenvolvendo campanhas, leis e planos que asseguram os direitos dos deficientes como, por exemplo, I Plano Setorial de Educação e cultura; CENESP; Constituição Brasileira (1988) o direito de todos à educação, garantindo, assim, o atendimento educacional de pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais, a publicação, em dezembro de 1996, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. e tantas outras ações pedagógicas.
Em nosso estado, Rio Grande do Norte, vale salientar a criação do Instituto de Educação de Cegos e Surdos-Mudos (Natal, 1952), que depois passou a ser denominado de Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte, e da Clínica Pedagógica Professor Heitor Carrilho (Natal, 1954), direcionado ao atendimento de pessoas com deficiência intelectual, sob a presidência do Médico Severino Lopes da Silva, atualmente o estado contam ainda com várias ONGS e ASSOCIAÇÕES.
No que diz respeito ao nosso município Currais Novo, o mesmo atualmente conta com o Centro Municipal de Reabilitação "Professora Crindélia Bezerra" atendendo 130 crianças com transtorno global do desenvolvimento, deficiência mental, visual, auditiva, físicas e múltiplas. Ele ainda oferece atendimentos às crianças com distúrbios de comportamento, dificuldades motoras, hiperatividade, dificuldade de fala entre outras... A sua clientela é composta por crianças e adolescentes das escolas públicas e particulares de nosso município.
               Segundo os dados referentes ao ano de 2010º município possuía 80 crianças inclusas no sistema regular de ensino (creches e escolas municipais), sendo 18 deficientes visuais, 13 deficientes físicos, 03 deficientes auditivo, 11 com deficiências múltiplas e 08 com outros tipos de deficiências. 
 No município contamos ainda com o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (COMADE) que funciona no prédio da ASPOSBERN e associações como a APAE, ASPOSBERN e APADEVIS.
No sentido de se ofertar uma educação efetivamente inclusiva a todos os alunos sem distinção teremos que ter a participação de todos que fazem parte da comunidade escolar, inclusive dos alunos e dos pais, pois é compromisso de todos aprenderem a viver juntos a fim de participar e de cooperar com os outros em todas as atividades.
Todavia é imprescindível a existência de objetivos e projetos comuns, com vistas a derrubar preconceitos, hostilidades e suscitar a cooperação. Visto que, a inclusão é um processo dinâmico, envolvente, participativo e tem uma amplitude educativa e social, através do qual os alunos aprendem a viver juntos suas diferenças, desenvolvendo atitudes de confiança e intercomunicação, respeito e aceitação do outro.
Uma forma de o professor trabalhar em sala de aula é com os próprios alunos fontes de inspiração, apoio, desafio, experiência, apresentando uma aprendizagem significativa. O próprio ambiente físico pode ser estruturado para facilitar a realização de varias atividades cooperativo de ensino, de construção ativa de trabalhos em grupos, organização de rotinas diárias e a organização do ambiente.
Por sua vez, a estrutura física das instituições deve ser adequada para atender as necessidades desses alunos, não basta dá lugar à criança num ambiente escolar, mas que ela participe ativamente no grupo social e que seja parte integrante desse ambiente. Recebendo e exercendo influências, tendo participação sendo valorizada e cobrada a contribuir de forma compatível com suas condições.
É importante também que a escola tenha um PPP pedagogicamente estruturado e planejado caracterizado por ações inclusivas.
Vale salientar que vem sim ocorrendo melhorias da Educação de Pessoas com Necessidades em ambientes regulares de ensino, entretanto ainda se faz necessário que a inclusão escolar se torne uma realidade nas escolas em geral.
 Existe a necessidade de investimento na formação inicial e continuada de professores e em varias outras áreas, visando à derrubada de barreiras ainda existentes sejam elas de cunho atitudinais ou/e pedagógicas.
O fato é que, para que as diferenças sejam respeitadas e se aprenda a viver na diversidade, é necessária uma nova concepção de escola, de aluno, de ensinar e de aprender.
A efetivação de uma prática educacional inclusiva não será garantida por meio de leis, decretos ou portarias que obriguem as escolas regulares a aceitarem os alunos com necessidades especiais, ou seja, apenas a presença física do aluno deficiente mental na classe regular isso não é garantia de inclusão, mas sim que a escola esteja preparada para dar conta de trabalhar com os alunos que chegam até ela, independentemente de suas diferenças ou características individuais. Não podemos perder a oportunidade de avançar na perspectiva de uma revolução social.







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